Os empreendimentos seguem crescendo tanto quanto a galpões inseridos em condomínios quanto unidades monousuário. Isso traduzido em números se comprova através de índices como o da vacância e também da absorção líquida, que nada mais é que a diferença entre a taxa de ocupação comparada ao resultado obtido no trimestres anterior.
Segundo Jadson Andrade, Gerente de Pesquisa de Mercado da Cushman & Wakefield Brasil, desde 2018 o mercado logístico brasileiro há tempos vinha apresentando resultados expressivos e um grande crescimento e, com um o aumento substancial do número de novas entregas impulsionado pelo aumento principalmente das compras por e-commerce, registrou também fortes absorções e redução em sua taxa de vacância. Ele ressalta que a marca de 12,6% é a menor registrada na série histórica até então. E acrescenta que essa redução foi puxada por uma absorção de 212 mil m², um valor 10% superior à média das absorções líquidas observada nos primeiros trimestres.
Jadson destaca que o estado de São Paulo é sem dúvida o grande responsável por esses resultados. O estado, que é notadamente o principal mercado logístico e industrial brasileiro, apresentou uma absorção líquida de 166 mil m², equivalente a 78% do total absorvido no país. Ele observa ainda que a taxa de vacância dos empreendimentos de alto padrão no mercado paulista também registra uma baixa histórica, e está em 10,4%. Algumas regiões no entorno da capital como Cajamar, Guarulhos e Jundiaí têm recebido grande demanda de inquilinos e oferta de novos estoques.
São Paulo é portanto um bom termômetro da robustez do mercado imobiliário logístico no país. E a expectativa é que outros grandes centros passem a apresentar também um crescimento da oferta de galpões e centros de distribuição em pontos estratégicos da malha viária nacional. Não é difícil prever que com a retomada da economia o setor imobiliário logístico possa crescer e se desenvolver cada vez mais. Os analistas e especialistas da Cushman &Wakefield Brasil seguem atentos antecipando todas as tendências do mercado.