OFFICE
São Paulo
No mercado de escritórios de São Paulo, as regiões CBD das classes A e A+ seguiram a tendência do mês passado e apresentaram um aumento no preço pedido, chegando a R$ 101,54 (+ R$ 10,69 MoM), o valor mais alto desde janeiro de 2017. Esse aumento significativo se deu por conta de uma nova entrega na região da Faria Lima. O Birmann 32 (50,7 mil m²) é o novo edifício com o preço pedido mais alto de São Paulo, o que alavancou os preços médios pedidos da cidade. Por conta disso, a Faria Lima registrou um forte aumento de R$ 25,84, ou 15,74% (MoM), chegando a R$190,01 no final de julho – o maior preço pedido da região desde março de 2012 (R$ 191,55).
Por outro lado, devido à algumas saídas, a absorção líquida do mês foi de -9 mil m², impactando negativamente a taxa de vacância, que registrou o valor de 19,7%. A taxa de vacância aumentou 1,5 p.p. (MoM), o que é associado, também, à nova entrega na Faria Lima. Adicionalmente, as regiões da Chucri Zaidan e Santo Amaro devem ser mencionadas, ambas com absorções líquidas de -4,1 mil m². Entretanto, a região de Pinheiros teve bons resultados, com a maior absorção líquida de julho (1,7 mil m²) e uma diminuição da vacância, que chegou a 7,24% (-0,7 p.p. MoM).
Rio de Janeiro
O Mercado CBD de classes A e A+ tem um grande número de locações para serem ocupadas em curto e médio prazo, que por sua vez aguardam uma maior estabilização econômica diante a pandemia.
Por outro lado, o mês de julho apresentou o primeiro resultado negativo na absorção líquida desde janeiro, chegando a -6,6 mil m². Diante deste cenário, a taxa de vacância sofreu um aumento de 0,43 p.p. (MoM). Todavia, grande parte dessa saída se deu apenas por uma empresa, no edifício Bay View, a qual já tem área equivalente locada no edifício Passeio Corporate, o que pode compensar este resultado negativo em breve.
O preço pedido no Rio de Janeiro continuou na mesma tendência, e apresentou queda de 0,18% em relação ao mês anterior, principalmente devido a desocupação em edifícios com preços mais baixos, o que aumentou a área vaga no mercado, chegando a R$ 93,65.
INDUSTRIAL
São Paulo
O primeiro semestre de 2020 encerrou com resultados positivos para o mercado logístico de São Paulo de classe A e A +. Sendo assim, o estado registrou 51,3 mil m² de absorção líquida em julho. Embora quatro regiões apresentaram uma absorção líquida negativa (Barueri, Campinas, Embu e Jundiaí), Cajamar foi a grande responsável pelas ocupações do mês, o que ajudou o estado a alcançar um valor positivo no período.
Além disso, sem nenhuma nova entrega em julho, a taxa de vacância caiu 0,5 p.p. se comparada ao mês anterior e alcançou 17,01%. Apesar da taxa de vacância ter chego ao seu maior valor do ano em 18,66% (abril) devido as novas entregas e a absorção líquida negativa em meses passados, a demanda segue em ritmo forte em São Paulo por mais que o estado enfrente um momento delicado.
O preço pedido diminuiu 0,4% em relação a junho e registrou o menor valor do ano esse mês, encerrando em R$18,68 por m²/mês. Essa queda é explicada pelas maiores ocupações do mês em condomínios logísticos de alto padrão que possuem um preço pedido elevado, localizados sobretudo em Cajamar e Guarulhos.
Rio de Janeiro
Após dois meses seguidos com entregas de novo estoque, o mercado logístico de classe A e A+ do Rio de Janeiro não recebeu novos empreendimento nesse mês de julho. Por outro lado, o estado registrou uma absorção líquida de 22,1 mil m², se tornando a terceira maior absorção do ano e o sexto mês consecutivo com uma absorção positiva. A região de Duque de Caxias foi responsável por 88% da absorção total com 19,4 mil m².
Dessa forma, os principais indicadores demonstraram resultados positivos, assim como a taxa de vacância que decaiu pelo terceiro mês consecutivo, com uma redução de 1.05 p.p em relação ao mês anterior, fechando julho em 20,20%. É a menor taxa registrada nos último 5 anos do Rio. Além disso, o preço pedido médio teve um aumento de 0,7% em comparação a junho, finalizando o período em R$20,74 por m²/mês.