Iluminação: vilã ou aliada?
A iluminação pode representar até 40% do consumo de energia em edifícios, dependendo de sua tipologia e perfil de consumo. O controle de iluminação é definitivamente uma das maneiras mais fáceis de economizar custos de energia e uma das aplicações mais comuns. Aplicando uma solução de controle de iluminação eficaz, por exemplo, os usuários podem facilmente economizar até 50% na conta de eletricidade em comparação às formas tradicionais: “nos dias de hoje, o uso consciente da energia elétrica é fundamental. Uma das medidas que contribuem de forma positiva para a redução do consumo energético é priorizar o uso de lâmpadas e refletores de LED em pontos estratégicos e em áreas comuns, além do uso de sensores de presença com temporizadores, por exemplo”, afirma Marina Andrade, Coordenadora de Projetos e Sustentabilidade na Cushman & Wakefield.
Como funciona na prática?
Atualmente os principais critérios de iluminação eficiente em projetos luminotécnicos ou melhorias em sistemas existentes consistem em:
- Adotar como referência normas de eficiência energética, como ASHRAE 90.1-2010, que está sendo utilizada como premissa em projetos que buscam a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) v4
- Uso de lâmpadas de alta eficiência
- Utilização de reatores eletrônicos, podendo ser de partida rápida, partida instantânea, de alta performance, dimerizáveis analógicos e dimerizáveis DALI (Digital Addressable Lighting Interface – sistema de automação para iluminação);
- Sensores de presença em ambientes de curta permanência, como banheiros e corredores.
Todos os critérios são apresentados aos clientes com o propósito de direcionar os projetos para o cenário mais eficiente possível: “é importante ressaltar que para qualquer substituição ou implantação de novas soluções, deve ser feito um estudo técnico para não impactarmos de forma negativa o nível de luminosidade dos ambientes, pois não é simplesmente substituir um equipamento de maior potência por um de menor. Mapear pontos estratégicos de iluminação permite a utilização da luz natural na maior parte do dia e gera economia nas despesas de consumo de energia do cliente a médio e longo prazo”, explica Diego Batista, Analista de Projetos e Sustentabilidade na Cushman & Wakefield.
A utilização da iluminação natural também é um item importante nesse processo. O primeiro passo é integrá-la ao projeto arquitetônico e isso não significa apenas ter aberturas em fachadas ou coberturas, mas também considerar fatores de orientação e materiais utilizados.
Um elemento que provê esse benefício são os brises, que trazem luz natural na quantidade e qualidade necessárias, reduzindo ou eliminando a necessidade de luz artificial em grande parte do dia. É importante que o sistema de iluminação considere estratégias como setorização de circuito e sensores com dimerização para que a iluminação artificial module de acordo com a necessidade.
Um alerta é que todos estes estudos para iluminação natural precisam ser integrados a uma análise de carga térmica do ar-condicionado, pois ao viabilizar o melhor fornecimento desta iluminação, também se aumenta a demanda de ar-condicionado: “há muitas ferramentas que nos permitem prever o desempenho energético de edificações levando em consideração os aspectos de ventilação, iluminação e térmico. Para esses estudos são utilizados softwares para simulação energética com o objetivo de obter uma visão integrada de todo o projeto, nos permitindo assim prever e melhorar, se necessário, seu desempenho”, conta Marina.
Os serviços de Projeto e Desenvolvimento da Cushman & Wakefield vão além do gerenciamento de espaço, custo e cronograma. Consultores estratégicos trazem uma ampla perspectiva para o ciclo de vida imobiliário, o que minimiza riscos, diminui gastos e agrega valor ao longo do processo de design e construção.