Atualmente os chamados edifícios de uso misto não são apenas uma junção de moradia, trabalho, comércio e lazer, e sim uma espécie de cidade particular.
O desejo de morar perto do trabalho
O problema de mobilidade urbana há tempos despertou o desejo dos moradores dos grandes centros urbanos por residirem próximos do trabalho. Esse interesse pela comodidade não é um tema recente, segundo a Revista Projeto, arquitetos renomados como Oscar Niemeyer já utilizaram composições mistas para elaborar projetos destinados a grandes centros urbanos, como o Monumental (1907-2012), em Niterói.
Mas o que se vê hoje é uma integração inédita entre moradia, trabalho, serviços e lazer. Alguns complexos de uso misto construídos recentemente contam com a integração entre corporativo, residencial, hotelaria e shopping, como é o caso do Parque da Cidade, em São Paulo.
Metrópoles se destacam no setor
Raquel Miralles, Diretora de Transação da Cushman & Wakefield, fala sobre o boom dos empreendimentos de uso misto na capital: ‘‘esse boom se deu em função do PDE – Plano diretor estratégico, através do qual os desenvolvedores podem dispor de mais áreas brutas locáveis ou simplesmente áreas brutas em função de fachadas ativas e áreas não residenciais. Podemos ver certas regiões sendo totalmente transformadas por esse tipo de empreendimento, por exemplo, o corredor da Rebouças’’, comenta.
Desenvolvimento urbano e incentivo municipal
Por muito tempo o desenvolvimento urbano buscou criar polos segmentados para cada perfil de edifícios, como é o caso da cidade de São Paulo. Bairros totalmente residenciais, regiões voltadas ao comércio, outras com grande concentração de escritórios, e até mesmo polos hospitalares foram segmentados. Mas ao longo dos anos essa estratégia se tornou inviável, especialmente do ponto de vista da mobilidade urbana.
Com a revisão do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento da capital paulista, a prefeitura definiu novas estratégias para fomentar a convivência do uso habitacional com outros usos, de modo a proporcionar a maximização e racionalidade da utilização dos serviços urbanos, especialmente o transporte público coletivo de passageiros.
Como incentivo, a área construída das edificações destinadas aos usos não residenciais não são computadas na aplicação do coeficiente de aproveitamento até o limite de 20% do total da área construída.
Soluções para ocupantes
A Cushman & Wakefield possui serviços específicos para ocupantes. A equipe de Agency Leasing trabalha para encontrar o perfil de imóvel ideal para sua empresa, além da Occupier Division, que inclui a seleção e locação de locais para escritórios, varejo e industrial com base em estratégias de trabalho e logística.