O curso tratou de temas que desmistificam a due diligence – análise e avaliação de dados públicos para tomada de decisões informadas e reduzir riscos, tendo empresas como Cushman & Wakefield, Schneider Electric, Eletrobrás e Márcio Campanelli como facilitadores dos 3 módulos.
Marcos Rossa, Gerente de Compliance da Cushman & Wakefield para a América do Sul, foi instrutor do tema: Implementando um processo de Due Diligence baseado em risco, e conta que foi uma ótima oportunidade de instruir os participantes sobre a importância de trabalhar a cadeia de valor em suas empresas, mais especificamente a cadeia de suprimentos, envolvendo fornecedores.
Na ocasião, o Gerente de Compliance trouxe orientações de como, em quais fontes pesquisar e quais ferramentas utilizar para realizar a due diligence, com exemplos práticos do dia a dia, e também ensinou como agir quando existem alertas, auxiliando tanto quem desconhecia o tema, quanto quem já tinha conhecimento e pode compartilhar experiências com profissionais de diversos segmentos do setor privado e público.
Um dos objetivos principais quando se fala em cadeira de valor é envolver a alta liderança das empresas, para que entendam que cada um tem um papel nessa ‘‘teia’’, e busquem elevar os patamares de integridade em suas organizações, realizando as devidas diligências (due diligence) e conhecendo melhor os parceiros com quem estão se relacionando, além de estimular que os parceiros façam o mesmo, como forma de usar seu potencial de penetração e difundir os processos de ética e integridade na sociedade.
Essa não é a primeira vez que a Cushman & Wakefield participa de iniciativas da rede Brasil do Pacto Global da ONU, em abril a empresa foi convidada para o lançamento do Guia de Combate à Corrupção na Cadeia de Valor, com participação no painel para discutir a importância do tema.
Rossa conta que é bastante ativo no grupo de trabalho da plataforma de anticorrupção na rede Brasil do Pacto Global da ONU. Ele entende que cada empresa tem a responsabilidade de aumentar a consciência e ética na cadeia de valor: ‘‘é importante que as empresas tenham papéis ativos na sociedade e envolvam sua cadeia de valor e incentivem parceiros, com programas de integridade robustos’’ diz.
Ele menciona que a própria legislação está evoluindo. O decreto nº 11.129, de julho de 2022, regulamenta a lei anticorrupção brasileira e menciona que as empresas devem realizar due diligence até mesmo em doações e patrocínios.
‘‘Eu compartilho muito do pensamento de Olajobi Makinwa, que foi a número um em anticorrupção do Pacto Global da ONU em Nova York e hoje atua na África, de que a corrupção tem um nome. O nome é aquele menino que está na rua porque não tem escola para frequentar, pois o dinheiro da educação foi desviado por corruptos. O nome é aquela mãe que teve de dar à luz na rua, pois o dinheiro da saúde foi desviado por corruptos. O trabalho anticorrupção não anda sozinho, ele anda de mãos dadas com as questões ambientais, sociais e de governança (ESG)’’, finaliza.