Antes de 2020, tendências sugeriam um grande declínio, senão o desaparecimento do varejo físico. Três anos depois, essa definitivamente não é mais a questão central.
Embora ainda enfrentemos problemas com a volatilidada das economias, a conversa mudou para o futuro do varejo - um mundo omnichannel no qual as marcas mais bem sucedidas são as que entendem seus clientes e buscam conectar-se cada vez mais com eles.
O setor imobiliário de varejo atravessou um dos maiores estresses imagináveis e não apenas sobreviveu, mas emergiu mais forte do que nunca em certos segmentos.
O relatório Main Streets Across the World se concentra nesses segmentos, nas melhores localizações de varejo urbano. Locais que têm demonstrado enorme resiliência, ainda que com fatores regionais e de mercado.
Veja alguns dos insights apresentados pelo estudo.
Oscar Freire, no Brasil, está entre os aluguéis mais caros do mundo
A rua Oscar Freire, na cidade de São Paulo, é única localização brasileira no ranking global, com o 38º aluguel de varejo mais caro do mundo, 2 posições acima do ranking pré-pandêmico.
Varejo brasileiro
Após um aumento de 1,4% em 2021, as vendas no varejo brasileiro tiveram queda anual na taxa de crescimento de 2,3% até o momento.
Países da América do Sul, em geral, tiveram mais dificuldade em conter o vírus, menos estímulos internos, e, como consequência, experimentaram recuperações econômicas mais lentas.
Varejo online desacelera
Como era de se esperar, os desafios que os consumidores enfrentaram para ir às lojas físicas durante a pandemia impulsionaram as vendas online. Surgiram então dúvidas se esse aumento continuaria com a reabertura do comércio físico.
Até o momento, os dados sugerem que as vendas online desaceleraram ano a ano, embora permaneçam acima dos níveis pré-pandêmicos. Vários varejistas online reduziram o número de funcionários e diminuíram seu apetite voraz por espaço de armazenamento nos últimos dois trimestres, um reflexo da recuperação do varejo físico.
Confiança do consumidor preocupa
O principal impulsionador para manter e crescer o varejo vendas é, naturalmente, um aumento nos níveis de confiança do consumidor. De acordo com a Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE), os níveis de confiança do consumidor globalmente estão em seus níveis mais baixos neste século.
A incerteza da inflação e a pressão sobre gastos domésticos – financiamentos, aluguéis mais altos, custos de energia e alimentos - deixaram os consumidores incertos sobre os próximos 12 meses.
A expectativa é que, uma vez que haja alguma indicação de que a inflação está estável e em declínio, vejamos a confiança do consumidor aumentar.
O impacto global do turismo
O trade turístico sempre foi importante para os varejistas, especialmente aqueles localizados em cidades que atraem milhões de visitantes anualmente. Antes da pandemia, viagens e turismo era um dos setores mais importantes do mundo, responsável por 10% do PIB global e por empregar 320 milhões de pessoas.
Os números do turismo não devem voltar aos níveis pré-pandêmicos até 2023, no mínimo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
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