Com uma população enorme (quase 20% que ainda não tem acesso à Internet) e um número limitado de data centers, o mercado é uma porta de entrada lógica na América do Sul.
Através de duas estações de aterrissagem de cabos, o mercado tem acesso a dez principais rotas de cabos submarinos. O mercado em si é bastante denso em fibra, com empresas de telecomunicações estabelecendo rotas metropolitanas e de longa distância através do mercado.
Em termos de colocation no mercado, Ascenty, Equinix e ODATA têm uma presença significativa. Muitas operadoras são parcerias entre múltiplas entidades: Ascenty é uma joint venture entre Digital Realty e Brookfield, Scala Data Centers é financiada pela DigitalBridge e ODATA foi adquirida pela Aligned Data Centers em maio deste ano. Já para hiperscalers, a Microsoft anunciou projetos de auto-execução na região de Campinas e os submercados de Hortolândia, em São Paulo – o primeiro na América Latina. AWS, Google, Huawei, Tencent e Oracle também têm presença na região de nuvem no mercado.
Em junho, a Ascenty comprou mais 500.000 m2 de terreno em Osasco. A operadora recentemente obteve US$ 1 bilhão em financiamento do Natixis, Scotiabank, Credit Agricole, Banco MUFG Brasil e Mizuho. Outros participantes estão cada vez mais estabelecendo presenças maiores, com a CloudHQ anunciando um campus de 144 MW com três edifícios em Campinas. Ada Infrastructure, um veículo da GLP com sede em Cingapura, também propôs 40 MW para Campinas, juntamente com outros 60 MW na vizinha Rio de Janeiro.
Embora a energia hidrelétrica tenha sido a principal fonte de energia no Brasil, desenvolvimentos recentes de data centers assinaram PPAs para energia eólica (a Microsoft assinou um acordo para 154 MW, a ODATA comprou uma participação minoritária em um parque eólico de 212 MW). O mercado continuará a ver algumas das maiores jogadas de desenvolvimento de data centers nos próximos anos.
Clique aqui e confira o relatório completo contendo os dados dos principais mercados de data centers.