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Main Streets Across the World: 5ª Avenida é a mais cara do Mundo para comércio de rua. Chiado ocupa o 27º lugar

11/25/2022
  • As marcas de luxo mostram-se resilientes à pandemia da Covid-19, com  a atividade de arrendamento de comércio de rua a crescer nas principais cidades. 
  • O relatório global da Cushman & Wakefield analisa 92 cidades, em que o Chiado, em Lisboa, ocupa a 27ª posição, com o valor de 1.426€ euros anuais por metro quadrado - cinco vezes superior ao registado há 30 anos na zona mais cara de Lisboa  

Publicámos a 32ª edição do icónico estudo Main Streets Across the World, que monitoriza e ordena localizações de retalho nas principais 92 cidades do mundo. Este ano, a 5ª Avenida, em Nova Iorque, é a localização de comércio de rua mais cara do mundo, e, no que diz respeito a Portugal, o Chiado, em Lisboa ocupa a 27ª posição no ranking global.  

De acordo com os últimos dados apresentados pelo relatório global da Cushman & Wakefield, Main Streets Across the World, a 5ª Avenida, em Nova Iorque, recuperou o primeiro lugar do ranking, após ter perdido, em 2019, para Causeway Bay, em Hong Kong. Atualmente, e emblemática avenida é  a localização de comércio de rua mais cara do mundo, com uma renda média de 21.076€ anuais por metro quadrado.  

A indexação do Dólar de Hong Kong ao Dólar americano permitiu a Hong Kong manter a segunda posição no ranking, com a Tsim Sha Tsui a praticar uma renda média de 15.134€ anuais por metro quadrado, substituindo a Causeway Bay como localização representante do território.  

Em terceiro lugar, surge a primeira localização europeia, mais precisamente a Via Montapoleone, em Milão, com uma renda média de 14.547€ anuais por metro quadrado. É a primeira vez que esta localização fica em primeiro lugar na Europa, ultrapassando a New Bond Street em Londres e os Champs Élysées em Paris.  

Global Ranking 2022 Ranking Pre-Covid Localização Cidade Renda
(USD/sq ft/yr)
Renda
(EUR/m2/ano)
Pre-Covid até presente
(moeda local)
Y-o-Y
(moeda local)
1 2 Upper 5th Avenue
(49th to 60th Sts)
Nova Iorque $2,000 €21,076 14% 7%
2 1 Tsim Sha Tsui
(main street shops)
Hong Kong $1,436 €15,134 -41% -5%
3 5 Via Montenapoleone Milão $1,380 €14,547 9% 7%
4 3 New Bond Street Londres $1,361 €14,346 -11% -7%
5 4 Avenue des Champs Élysées Paris $1,050 €11,069 -18% -4%
6 6 Ginza Toquio $945 €9,956 0% 5%
7 8 Bahnhofstrasse Zurique $847 €8,927 -3% -1%
8 7 Pitt Street Mall Sydney $723 €7,624 -24% -7%
9 9 Myeongdong Seoul $567 €5,973 -23% -15%
10 10 West Nanjing Road Shanghai $496 €5,225 -14% -14%
1 2 Upper 5th Avenue (49th to 60th Sts) Nova Iorque $2,000 €21,076 14% 7%
2 1 Tsim Sha Tsui (main street shops) Hong Kong $1,436 €15,134 -41% -5%
3 5 Via Montenapoleone Milão $1,380 €14,547 9% 7%
4 3 New Bond Street Londres $1,361 €14,346 -11% -7%
5 4 Avenue des Champs Élysées Paris $1,050 €11,069 -18% -4%
6 6 Ginza Toquio $945 €9,956 0% 5%
7 8 Bahnhofstrasse Zurique $847 €8,927 -3% -1%
8 7 Pitt Street Mall Sydney $723 €7,624 -24% -7%
9 9 Myeongdong Seoul $567 €5,973 -23% -15%
10 10 West Nanjing Road Shanghai $496 €5,225 -14% -14%

Fonte: Cushman & Wakefield 

Robert Travers, Head of EMEA Retail da Cushman & Wakefield disse: “A indústria passou por um dos maiores testes de stress de sempre nos últimos anos, mas os melhores imóveis para retalho de rua permaneceram robustos. Embora agora enfrentemos novos desafios económicos, o discurso mudou do pessimismo para a evolução omnicanal no setor do retalho.”

“Muitas marcas estão a apostar numa estratégia de longo prazo, procurando garantir antecipadamente localizações privilegiadas, por forma a se adaptarem às necessidades cada vez mais exigentes dos clientes. Com mais investimentos em experiências de alta qualidade nas lojas e desenvolvimentos nas abordagens omnicanal, estamos confiantes na resiliência do setor, principalmente no segmento de luxo e nas principais cidades globais.”

 

O caminho para a recuperação 

As rendas nos principais destinos globais de retalho caíram 13% em média no pico da pandemia da Covid-19, mas posteriormente recuperaram para apenas 6% abaixo dos níveis pré-pandémicos. O crescimento global das rendas no ano passado foi em média de 2%, mas este indicador variou consideravelmente ao longo do ano.  

A APAC (Ásia / Pacífico) foi a região mais impactada durante o período da pandemia e as rendas caíram em média 17%, principalmente devido ao encerramento de fronteiras, afetando dessa forma os principais destinos turísticos internacionais. Na região EMEA (Europa, Africa e Médio Oriente) as rendas caíram em média 11%, enquanto nas Américas, a queda foi de apenas 7%, em parte graças às políticas fiscais de apoio e aos padrões de migração doméstica que fizeram aumentar o poder de compra. 

Desde o ponto mais negro da pandemia, as rendas no mercado de retalho global recuperaram aproximadamente 50% das suas perdas. Grande parte desta melhoria ocorreu ao longo de 2021 e no início de 2022, sendo que o medo de uma recessão económica global enfatizada nos últimos seis meses, tem tido novo impacto negativo no setor.  

Alterações Rendas por Região

Pre-Pandemia vs. Pico da Pandemia Pico da Pandemia vs. Presente Pre-Pandemia vs. Presente
APAC -17% 7% -12%
AMERICAS -7% 23% 15%
EMEA -11% 4% -8%
MUNDO -13% 8% -6%
APAC -17% 7% -12%
AMERICAS -7% 23% 15%
EMEA -11% 4% -8%
MUNDO -13% 8% -6%

Fonte: Cushman & Wakefield 

 

Holofotes virados para a região EMEA 

No pico da pandemia da Covid-19, as rendas na região EMEA caíram em média 11%, embora tenham variado consideravelmente de país para país, maioritariamente ancoradas às diferentes politicas de confinamento aplicadas em cada estado. A Irlanda, o Reino Unido, Espanha e França sofreram impactos significativos com as rendas a caírem em média até 28%.  Em sentido inverso, as variações foram mínimas em países da Europa Oriental, como a Eslováquia e a Eslovénia. 

As rendas prime recuperaram e estão atualmente apenas 8% abaixo dos níveis pré-pandémicos e, no início de 2022, a região da UE registrou um aumento no volume de vendas a retalho na ordem de 4,1%, quando comparado com valores prépandemia. No entanto, a recuperação foi e continuará a ser desafiada pela inflação, impactando a procura por parte dos consumidores e retalhistas. 

Apesar das perspetivas económicas de curto prazo serem desafiantes, a Cushman & Wakefield registou uma onda de novas aberturas por estreantes no mercado de rua. Nos últimos 18 meses, 75% das operações de retalho  representadas pela Cushman & Wakefield na região EMEA foram novos arrendamentos, enaltecendo o valor que os retalhistas atribuem à presença física. 


Portugal

Em Portugal a localização mais cara é o Chiado, em Lisboa, que subiu duas posições no ranking face a 2019, ocupando agora o 27º lugar a nível mundial. A renda prime na Rua Garret, eixo de referência no Chiado, tem vindo a registar uma valorização muito significativa, desde 2013, ano em que o comércio de rua em Portugal começou a registar um forte crescimento - . situando-se, atualmente, nos 1.426€ anuais por metro quadrado, valor cinco vezes superior ao registado há 30 anos na zona mais cara de Lisboa. 

O ranking começou a ser publicado em 1988 e,é baseado no valor de renda anual mais elevado em cada país analisado, não incluindo custos de condomínio, impostos locais e outras despesas de ocupação. Este relatório era publicado anualmente, até 2019, mas foi interrompido pela covid-19, sendo esta a primeira edição pós-pandemia, o que permitiu fazer uma análise de competitividade em cenários pré e pós-covid-19. 

“O retalho é sem dúvida um dos mais dinamicos setores do imobiliário. Diretamente impactado pelos bons e maus acontecimentos, tem vindo a responder com grande perspicácia aos desafios mais insólitos que o mundo tem vindo a assistir, capaz de se reinventar e adaptar constantemente. 

A prova disso está na continuada estratégia de expansão que as marcas têm vindo a adotar, contrariando afirmações de que o retalho físico tende a assumir um papel redutor no futuro. 

As rendas, por seu lado, acompanham este movimento e Lisboa ocupa agora o 27º lugar no ranking das capitais mais caras do mundo. Em cerca de 30 anos o Chiado quintuplicou o seu valor e a Avenida da Liberdade, artéria de luxo da cidade, acompanha esta trajetória e regista uma procura sem precedentes. 

Para o comércio de rua o futuro é empolgante, com as novas tecnologias a abrir caminho para uma experiência online mais imersiva, os novos comportamentos do consumidor a impulsionar a inovação de produtos e modelos de negócios e as lojas a ssumirem cada vez mais um papel experiencial.”
diz Sandra Campos, Diretora do Departamento de Retalho da Cushman & Wakefield Portugal. 

 

Contacto para media

Miguel Sena
Miguel Sena

Associate Director, Head of Marketing & Communications • Lisbon

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