Apesar da previsão de leve queda no crescimento da economia mundial, as empresas buscam oferecer diferenciais para conquistar os melhores talentos. Nesse contexto, quando o trabalho proporciona um ambiente de sinergia para os funcionários se sentirem mais engajados, o resultado é maior produtividade e, consequentemente, maior lucro para os negócios.
Por este motivo, se torna necessária a atenção de gerentes e diretores de empresas com relação às estações de trabalho. Esses profissionais devem entender também quais novos conceitos podem auxiliar em mais cooperação e colaboração entre as equipes.
Novos conceitos de estações de trabalho trazem espaços flexíveis
A ideia de proporcionar espaços flexíveis nas empresas vem ganhando notoriedade por trazer mais interação, aumento da produtividade e otimização no gerenciamento das equipes. Alguns dos exemplos de espaços flexíveis são open space, hotelling e coworking.
O open space é um conceito amplamente conhecido como “escritório sem paredes” e tem como objetivo quebrar a barreira de comunicação entre as áreas e repartições de uma empresa, permitindo um ambiente sem divisórias.
Nesse modelo, a estrutura física do local privilegia o contato entre os funcionários, com um fluxo de informação mais dinâmico e em tempo real, além da interação entre eles aumentar, impactando positivamente no rendimento do trabalho.
Já o hotelling é um novo modelo de espaços flexíveis, no qual não há ambientes pré definidos para cada colaborador, o que significa que não existe mesa fixa para que os profissionais utilizem diariamente. Cabe a eles a escolha do lugar, direcionada pelas necessidades reais de suas demandas pontuais, aproveitando a oportunidade para colaborar com diferentes áreas e promover insights.
No modelo de coworking, que vem ganhando grande popularidade nos últimos anos ocorre o compartilhamento de grandes espaços e recursos de escritório, reunindo vários locatários, pessoas que trabalham não necessariamente para a mesma empresa ou área de atuação.
Essa última modalidade tem causado grande movimentação no estoque de imóveis em centros urbanos. A absorção desses espaços, os coworkings, representam 5,1% do total de imóveis corporativos de alto padrão comercializados em 2017, 6,94% em 2018 e, até o fim de abril deste ano, já representava 18,08% do total. Segundo dados do departamento de inteligência da Cushman & Wakefield, a Vila Olímpia foi a região que mais recebeu coworkings (25.217 m²), seguida de Pinheiros (23.405 m²) e Avenida Paulista (22.322 m²) e em 2019 a tendência é de crescimento.
Nesse contexto de busca por espaços mais flexíveis, a decisão sobre qual modelo optar depende de uma série de questões a serem avaliadas pelos responsáveis da empresa, como gerentes e diretores. Entre os principais pontos a serem levados em conta, estão:
- A análise da melhor maneira das pessoas se relacionarem com a empresa;
- O entendimento de como esses profissionais podem integrar e interagir com outras equipes, tendo foco no aumento do rendimento;
- A diretriz de que a opção pela nova estação de trabalho não impacte negativamente na produtividade de setores distintos.
- Ocasionalmente, algumas áreas da empresa precisam de uma disposição de lugares com mais privacidade, de um local silencioso, por exemplo;
- Estratégia de melhor aproveitamento de espaços.
Empreendimentos projetados para novas estações de trabalho
Para atender essas demandas, novos empreendimentos são construídos contemplando lajes com tamanhos de 2 a 3 mil m2 e que abrangem, em um mesmo andar, cerca de 250 pessoas.
Com a intenção de se obter melhor aproveitamento da área útil do local, as estruturas dos ambientes são planejadas para que a maior parte da metragem possa ser utilizada. No mercado imobiliário, isso é chamado de “área de carpete”.
Nesse panorama, as empresas precisam de um direcionamento profissional, objetivo e com base em dados para a adaptação desses novos modelos de estações de trabalho, avaliando a laje mais adequada e levando em conta as variáveis como o impacto na rotina dos funcionários, em vários aspectos, e, consecutivamente, em seus negócios.
Expansão e oportunidades estratégicas
A Cushman & Wakefield, uma das mais importantes líderes globais em serviços imobiliários corporativos, elabora estudos relacionados à população de funcionários, onde são avaliadas inúmeras questões que impactam na resolução do empresário às mudanças estruturais.
O caso de uma grande empresa do setor varejista de calçados é um exemplo de estratégia e adequação a essa nova realidade. “A empresa estava acomodada em 6 lajes, totalizando pouco mais de 8.400 mil m2, porém utilizava uma metragem muito menor, devido às colunas do ambiente, o que dificultava a implementação desses novos conceitos. A decisão foi ocupar duas novas lajes, totalizando pouco mais de 4.500 mil m2 cada, em um outro local que já trazia uma estrutura adequada para o open space”, afirma Jadson Mendes, head da área de pesquisa da Cushman & Wakefield.
Alinhada ao objetivo de expansão, assim como a adequação estratégica de novos modelos de ambientes de trabalho, a Cushman & Wakefield, com sua expertise em soluções imobiliárias, possui uma equipe de profissionais especializados em diversas áreas, com know-how necessário para um direcionamento mais assertivo no que diz respeito a decisões sobre mudanças de lajes, adequação dos novos conceitos de estações de trabalho e gerenciamento (alterações) de contratos.